Paróquia São João Paulo II, Sombrio, Diocese de Criciúma (SC)

Paróquia São João Paulo II, Sombrio, Diocese de Criciúma (SC)







quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA


Lucas 16,19-31
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai que é amor!Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração; e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 16 19 “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava.
20 Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico.
21 Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas.
22 Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
23 E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio.
24 Gritou, então: ‘Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas’.
25 Abraão, porém, replicou: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento.
26 Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá’.
27 O rico disse: ‘Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos,
28 para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos’.
29 Abraão respondeu: ‘Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos!’
30 O rico replicou: ‘Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão’.
31 Abraão respondeu-lhe: ‘Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos’”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O EGOÍSMO PUNIDO
A visão estreita da pessoa egoísta não lhe permite ir muito além do limitado círculo de seus interesses. Vive fechada em seu pequeno mundo, cultivando seus projetos mesquinhos. O sofrimento e as necessidades dos outros são, para ela, coisa sem nenhuma importância. O "outro" não existe!
A desventura dos egoístas consiste em não perceber que estão construindo sua própria condenação. Recusar-se a viver em comunhão com o próximo revela uma recusa mais fundamental: a de viver em comunhão com Deus. Idolatrando os bens deste mundo, acreditam ser supérflua a presença de Deus em suas vidas. Na raiz da incapacidade de fazer-se servidor, numa atitude de generosidade e desprendimento, está a perigosa pretensão de ocupar o lugar reservado unicamente a Deus. Sua auto-suficiência leva-os a prescindir do Criador, e a recusar-se a recorrer a ele. Em suma, fecham as portas para a sua salvação.
Engana-se quem conta com uma segunda possibilidade de alcançar a salvação. Quando o rico da parábola, naquele lugar de tormento dá-se conta de sua insensatez, pretende que Deus mande alguém para advertir seus cinco irmãos, a fim de que não tenham sorte semelhante. Seu pedido, porém, não é aceito.
A história humana está repleta de apelos ao amor e ao serviço. Basta um pouco de atenção e disponibilidade para escolhermos este caminho exigente. Caso contrário, só nos restará um castigo inadiável.

Oração
Espírito de inteligência, dá-me a graça de compreender que o caminho da salvação passa pelo amor desinteressado ao próximo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA

Mateus 20,17-28
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. 
Naquele tempo, 20 17 subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes: 
18 “Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte.
19 E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará”.
20 Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica.
20 21 Perguntou-lhe ele: “Que queres?” Ela respondeu: “Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”.
22 Jesus disse: “Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu devo beber?” “Sim”, disseram-lhe.
23 “De fato, bebereis meu cálice. Quanto, porém, ao sentar-vos à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim vo-lo conceder. Esses lugares cabem àqueles aos quais meu Pai os reservou”.
24 Os dez outros, que haviam ouvido tudo, indignaram-se contra os dois irmãos.
25 Jesus, porém, os chamou e lhes disse: “Sabeis que os chefes das nações as subjugam, e que os grandes as governam com autoridade.
26 Não seja assim entre vós. Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo.
27 E o que quiser tornar-se entre vós o primeiro, se faça vosso escravo.
28 Assim como o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
DUAS ATITUDES CONTRASTANTES
É fácil perceber o contraste entre as duas atitudes apresentadas no Evangelho. Fica, em aberto, a questão: com qual delas mais nos identificamos?
A primeira atitude é a de Jesus, o Filho do Homem, cuja vida está a ponto de ser entregue, como sinal de seu total desprendimento e de sua absoluta fidelidade à vontade do Pai. Caminhando para a morte, tem consciência de não ter dado espaço ao egoísmo, em seu coração. Sua existência definiu-se como serviço generoso aos que viviam oprimidos pelo pecado e precisavam libertar-se.
Contrastando com Jesus, está a atitude dos filhos de Zebedeu. Ambiciosos, querem garantir um lugar de destaque no reino messiânico, que está para ser instaurado, e assim, receber honrarias e serem servidos. Têm apenas ideais de grandeza, postos a serviço do próprio egoísmo. Não lhes interessa o bem que poderão fazer, e sim, os benefícios dos quais irão usufruir. Não lhes passa pela cabeça sacrificarem-se pelos outros, mas exigir que os demais se sacrifiquem por eles.
O cristão, tem diante de si, estas duas possibilidades. A fidelidade à sua vocação cristã dependerá da capacidade de optar pela atitude de Jesus. Embora devendo passar pela cruz, esta é a atitude que corresponde à vontade de Deus.

Oração 
Espírito de desprendimento, não me deixes cair na tentação de buscar as honras deste mundo. E concede-me força para eu seguir sempre as pegadas de Jesus, o qual veio para servir.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA


MATEUS 23, 1-12

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas.7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre.8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


É NECESSÁRIO BUSCAR A COERÊNCIA DE VIDA ENTRE O QUE SE CRÊ E O QUE SE CELEBRA
Na Liturgia de hoje, estamos diante de uma crítica a religião falseada pela ausência de ética verdadeira, o culto fantasiado em ritos que não expressam a experiência de Deus e a sua soberana vontade. Somente a vivência da Aliança garante unir comportamento e culto, vida e religião, moral e mística. Esta fidelidade à Aliança é a pregação profética dirigida aos sacerdotes e a crítica de Jesus aos escribas e fariseus.
Jesus denuncia a hipocrisia dos que se consideram mestres em Israel porque, conhecendo a crítica dos profetas, apresentam-se como justos, isto é, observantes, unindo a vida ao culto, mas, na realidade, atraem com sua observância a atenção dos homens para si mesmos e não para Deus, ao buscarem a admiração e o reconhecimento como pessoas dignas de honra.
A hipocrisia, portanto, diz respeito – ainda que de forma sutil – também à incoerência entre religião e ética, expressando a não autenticidade do culto ou de vida, quando há observância.
Jesus se mostrou intransigente contra a hipocrisia farisaica até porque atinge a fé na sua pessoa e no seu ministério. Só foi intolerante, em relação aos pecadores, contra os escribas e fariseus. Para convocá-los e denunciar-lhes a dureza de coração, afirma que “os publicanos e as prostitutas os precediam no Reino de Deus” (Mt 21,31).  Em contrapartida, a hostilidade deles confirma que a hipocrisia é o pior obstáculo a impedir o caminho salvífico proposto por Jesus que supõe o assentimento da fé.
Jesus que é a Luz se torna, paradoxalmente, a cegueira do fariseu ao desvendar-lhe a hipocrisia. Podemos, portanto, afirmar que se trata de um visar os próprios interesses e não os de Deus. Ainda que aparentemente afirmando-os, isso impossibilitou, espantosamente, que homens religiosos e de estrita observância reconhecessem o Messias por eles esperado, e favoreceu que impedissem a muitos de reconhecê-lo.
Por ser o ideal cristão muito elevado, a nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus. Temos de ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Os fiéis de Cristo, independentemente da busca sincera ou não de coerência, podem ser vistos ou podem se ver como hipócritas, isto é, merecedores da repreensão de Jesus: “Fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não imiteis as suas ações, pois dizem e não fazem”.
Entretanto, há que se distinguir: uma coisa é não buscar a coerência de vida entre o que se crê e o que se celebra, fantasiando a religião, ritualizando os sacramentos, esvaziando a fé de seus compromissos. Outra coisa é admitir a condição do homem fraco, falível e pecador que, mesmo buscando avidamente a coerência, descobre-se sempre em defasagem entre a mensagem e suas exigências e, por isso, vive a fé com humildade, em estado permanente de conversão e de busca constante do verdadeiro rosto de Deus.
Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA


Mt 7, 7-12

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Senhor, atende o meu clamor!
«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos» (Mt 7,7). É o que o Senhor Jesus nos diz neste texto de hoje. Por isso, meu irmão e minha irmã, esforça-te por agradar o Senhor, espera-O interiormente sem te cansares, procura-o por meio dos teus pensamentos, exerce violência sobre a tua vontade e as suas decisões, domina-as para que tendam continuamente para Ele, e verás como Ele vem junto de ti e aí estabelecerá a sua morada (cf. Jo 14,23).
Cristo ficará observando o teu raciocínio, os teus pensamentos, as tuas reflexões, examinando a forma como o procuras, se é com toda a tua alma ou com moleza e negligência. E, quando vir que O procuras com ardor, imediatamente se manifestará a ti, te aparecerá, te concederá o seu auxílio, te dará a vitória e te livrará dos teus inimigos.
Com efeito, quando tiver visto como tu O procuras, como n’Ele depositas continuamente toda a tua esperança, então instruir-te-á, ensinar-te-á a verdadeira oração, dar-te-á essa caridade verdadeira que é Ele mesmo. Tornar-se-á, então, tudo para ti: paraíso, árvore da vida, pérola preciosa, coroa, arquiteto, cultivador, um ser sujeito ao sofrimento, mas não abatido por ele, homem, Deus, vinho, Água Viva, Esposo combatente, armadura, Cristo, “tudo em todos” (cf. 1Cor 15,28).
Tal como uma criança não pode se alimentar nem cuidar de si mesma, mas só pode olhar chorando para sua mãe até que seja tocada de compaixão e se ocupe dela, assim as  almas crentes esperam sempre em Cristo e lhe atribuem toda a justiça. Tal como “o sarmento seca se for separado da videira” (Jo 15,6), assim faz aquele que quer ser justo sem Cristo. Tal como o que é “um salteador e um ladrão que não entra pela porta, mas passa por outro sítio” (Jo 10,1), assim acontece com o que se quer tornar justo sem Aquele que justifica.
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor!” (Sl 5,2). Tu vieste não só por piedade para com o teu povo Israel, mas para salvar todas as nações. Não só para restaurar uma parte da terra, mas para renovar o mundo inteiro. Por isso, “presta atenção às minhas palavras, Senhor!” Não rejeites a minha súplica como indigna; não recuses a minha oração. Eu não peço ouro nem riquezas. É desejando o amor e o respeito por Ti que clamo sem cessar: “Presta atenção às minhas palavras, Senhor!”
Israel gozou dos teus bens; também eu farei a experiência dos teus benefícios. Conduziste-o para fora do Egito; retira-me a mim do erro. Resgataste-o do Faraó; liberta-me do autor do mal. Guiaste-o com a coluna de fogo; ilumina-me com o teu Espírito Santo. Israel comeu o pão dos anjos no deserto; dá-me o teu Corpo santíssimo. Ele bebeu a água do rochedo; sacia-me com o Sangue do teu lado. Israel recebeu as tábuas da Lei; grava o teu Evangelho no meu coração.
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor! Atende o meu grito!” Graças a esse grito, Moisés tornou a criação aliada do teu povo; graças a esse clamor, Josué travou o curso do sol (Js 10,12); graças a esse grito, Elias tornou estéreis as nuvens do céu (1Rs 17,1); foi graças a esse lamento que Ana deu à luz um filho, contra toda a esperança (1Sm 1,10s). “Senhor, atende o meu clamor!”
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA


Lc 11,29-32
Nenhum sinal será dado a esta geração
a não ser o sinal de Jonas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,29-32
Naquele tempo:29Quando as multidões se reuniram em grande quantidade,
Jesus começou a dizer:"Esta geração é uma geração má.Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado,a não ser o sinal de Jonas.30Com efeito, assim como Jonas
foi um sinal para os ninivitas,assim também será o Filho do Homem para esta geração.31No dia do julgamento,
a rainha do Sul se levantarájuntamente com os homens desta geração,e os condenará.Porque ela veio de uma terra distantepara ouvir a sabedoria de Salomão.E aqui está quem é maior do que Salomão.32No dia do julgamento, os ninivitas
se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão.Porque eles se converteramquando ouviram a pregação de Jonas.E aqui está quem é maior do que Jonas."Palavra da Salvação.


Reflexão
Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando "milagres" para que fundamentemos a nossa fé.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA


Mateus 6,7-15

"Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes. Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem. E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno. De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas."


Comentário do Evangelho

Orai assim

- Quaresma é tempo de oração. Entramos em deserto para tirar obstáculos à união vital com Deus, viver nele, escutar a sua vontade. Neste tempo sagrado, o importante é rezar. A oração que Jesus nos ensinou contém a síntese e o resumo de todo o Evangelho. Nela nos revela Jesus que Deus é Pai e nos ensina a ousadia de o chamar pelo seu nome. Pela oração damos a Deus o primeiro lugar e abrimos o coração aos irmãos, perdoando para ser-mos também perdoados.

A essência da oração consiste em dizer Pai. Orar é viver em união íntima com Deus, chamando-lhe «paisinho» (Abbá). Como filhos queridos, queremos que a sua santidade resplandeça em nós, que o seu Reino venha e que a sua vontade se faça. Toda a oração se dirige ao Pai , por Jesus Cristo, movidos pelo Espírito Santo. É o Espírito que em nós reza a oração de Jesus, e nos ensina a oração filial. Rezamos por Cristo, com Cristo e em Cristo, identificados com Ele na sua mesma vida e ação. Já não sou eu que rezo, é Cristo que reza em mim. Quando eu rezo, reza em mim o Cristo total, Cabeça e membros. Quando Ele reza, rezo eu também, unidos numa só vida, numa só voz.

Orar é subir ao monte e ver as coisas e a vida pelos olhos de Deus, numa perspectiva de eternidade. É a oração que me eleva para além dos meus limites e me torna imprescindível do mundo e dos homens. Quando eu rezo, todo o mundo reza. A minha existência e história secreta resumem-se numa troca de palavras. Eu digo: - Pai! E Deus responde-me: - Filho!

Pai, santificado seja o teu nome!

Comentário do Evangelho feito por: São Francisco de Assis

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA

Evangelho (Mateus 25,31-46)
Segunda-Feira, 18 de Fevereiro 


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me rece­bestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Homilia: Como poderão salvar-se os que não conhecem Jesus?

Do Evangelho de hoje podemos deduzir que o Filho do Homem se declara Rei e juiz de todas as nações. É a glória devida a seu triunfo sobre a cruz. Pois “Ele é o poder de Deus e a sua sabedoria” (1Cor 1, 24).

Cristo Jesus ressuscitado “vindo com poder e grande glória” (Lc 21,27), assume as funções do verdadeiro Deus. Sua sentença é definitiva: eterna como o fogo eterno preparado pelo Pai para os anjos rebeldes. Ele está rodeado de todos os seus anjos o qual indica “ser superior a eles” (Hb 1,3-4), embora – segundo o que sabemos pelos padrões da época – o homem “era inferior aos anjos” (Hb 2, 7).

Trata-se de um juízo final, ou do início de uma era histórica após a destruição de Jerusalém? No primeiro caso, Jesus – o Filho do Homem – será o juiz definitivo. No segundo caso, indica quem fará parte do novo Reino entre os gentios. Os escolhidos serão “os misericordiosos que alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7), ou seja, os que agiram com compaixão ante os necessitados.

Aqueles que “escandalizam os pequeninos” (Mt 18,6) e praticam a iniquidade – não socorrendo os necessitados – serão lançados na fornalha ardente.

Sobre o fogo preparado para o Diabo e os anjos, devemos comentar que na época de Jesus não se esperava que o Diabo estivesse no inferno, porque sabemos pelas palavras do próprio Jesus que viu Satanás “cair do céu como um relâmpago” (Lc 10,18). Portanto, o inferno não era sua morada, mas o fogo ou lago de fogo será o destino definitivo do Diabo (cf. Ap 20,10) ao qual será lançado quem não for escrito no livro da vida (cf. Ap 20,15). Talvez isso explique a influência do Maligno em nossa história.

Por outra parte, o Evangelho de hoje serve para responder à seguinte pergunta: “Como poderão salvar-se os que não conhecem Jesus ou consideram verdadeira a sua própria religião?” Obviamente, a fé será substituída pelas obras de misericórdia, necessárias também entre os cristãos porque a fé “sem as obras, ela está completamente morta” (Tg 2,17) e Paulo afirma que a que tem valor é “a fé que atua mediante o amor” (Gl 5,6).

Senhor Pai Santo, Deus eterno e Todo Poderoso, unidos na caridade, celebramos a morte do vosso Filho, proclamamos com fé a sua ressurreição e aguardamos com firme esperança, a sua vinda gloriosa no fim dos tempos. Amém.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA

Lucas 9,22-25
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Convertei-vos, nos diz o Senhor, está próximo o reino de Deus! (Mt 4,17). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
9 22 Jesus acrescentou: “É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia”.
23 Em seguida, dirigiu-se a todos: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.
24 Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.
25 Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína?”
Palavra da Salvação.


Comentário do Evangelho
Jesus identifica-se com o "Filho do homem", que significa a sua simples condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte. há uma referência à "necessidade" deste sofrimento e morte. O termo "necessidade" não indica um determinismo cego, mas as implicações inevitáveis decorrentes do compromisso libertador assumido por Jesus. Quem assume o anúncio e a luta libertadora despertará, necessariamente, a ira dos poderes opressores constituídos, que, sentindo-se ameaçados em seus privilégios e em suas riquezas, procurarão destruí-lo. Porém, Jesus revela que ao "humano" foi dada, por Deus, a vida eterna. Salvar sua vida, segundo os critérios da sociedade subjugada pela ideologia do poder, é inserir-se no sistema, adquirir status, riqueza e prestígio, ganhar o mundo. Contudo, quem quiser unir-se ao destino de Jesus, renuncie ao sucesso e à glória do status social e econômico. Perder sua vida é ser para o outro, não de uma maneira de convívio entre privilegiados, mas principalmente estar a serviço dos mais necessitados e excluídos. O ser para o outro é viver o amor, é encontrar sua vida inserida na eternidade, participando da vida divina.


Oração
Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizemos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA

Marcos 6,14-29
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 
Naquele tempo, 6 14 o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tornara célebre. Dizia-se: "João Batista ressurgiu dos mortos e por isso o poder de fazer milagres opera nele".
15 Uns afirmavam: "É Elias!" Diziam outros: "É um profeta como qualquer outro".
16 Ouvindo isto, Herodes repetia: "É João, a quem mandei decapitar. Ele ressuscitou!"
17 Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado.
18 João tinha dito a Herodes: "Não te é permitido ter a mulher de teu irmão".
19 Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém.
20 Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia.
21 Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galiléia.
22 A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: "Pede-me o que quiseres, e eu to darei". 23 E jurou-lhe: "Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino".
24 Ela saiu e perguntou à sua mãe: "Que hei de pedir?" E a mãe respondeu: "A cabeça de João Batista".
25 Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: "Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista".
26 O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar.
27 Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere,
28 trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.
29 Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UM MÁRTIR DA VERDADE
A liberdade com a qual Jesus pregava levou-o a ser confundido com João Batista. A corte do rei Herodes, por exemplo, quando ouviu falar a respeito de Jesus, pensou tratar-se de João Batista ressuscitado, operando maravilhas.
João Batista se tornara conhecido pela sua defesa intransigente da verdade. Nem o rei escapou de ser denunciado, quando, de maneira arbitrária, tomou para si a mulher de seu irmão. O profeta João não hesitou de lançar-lhe em face não ser permitido conservar para si aquela que não lhe pertencia.
Sua figura frágil não se intimidou diante da fúria de rei e de sua concubina. Ele não podia pactuar com o pecado de quem quer que fosse. E não temia pagar o preço de sua liberdade. Ele devia fidelidade somente a Deus.
O destino de João chamava a atenção para o destino de Jesus e de seus discípulos. Eles deveriam contar com a rejeição e a morte, especialmente, quando o serviço do Reino os confrontasse com a prepotência dos poderosos. A atitude firme e corajosa do Batista serviria de modelo inspirador. Assim como ele não se curvou diante da iniqüidade do rei, Jesus também não se curvaria. Os discípulos deveriam tomar esta atitude como modelo. O serviço do Reino comporta o testemunho da verdade, mesmo com o risco de perder a vida.

Oração
Senhor Jesus, seja o testemunho de liberdade e coragem demonstrado por João fonte de inspiração para minha caminhada de discípulo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA

Marcos 6,7-13
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 
6 7 Então, Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos. 
8 Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto;
9 como calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas.
10 E disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali.
11 Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra ele”.
12 Eles partiram e pregaram a penitência.
13 Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.
Palavra da Salvação.


Comentário do Evangelho
NUNCA DESANIMAR
Desde o início, os apóstolos foram alertados para contar com contrariedades, no desenrolar da missão. Esta chamada de atenção foi importante para que não ficassem frustrados diante dos insucessos. Os apóstolos do Reino precisam ser realistas. A missão não está encerrada, só por que alguns se mostram refratários à pregação. A reação do apóstolo deve ser seguir adiante, sem deixar esmorecer seu zelo missionário.
Seria incorreto lançar impropérios contra os que não acolhem o missionário. Seria igualmente incorreto desejar para eles o castigo divino.
Foi o que aconteceu, quando os discípulos pediram que Jesus mandasse fogo do céu para consumir os samaritanos que não lhes deram acolhida. O Mestre, porém, proibiu-lhes todo tipo de represália.
Aconselhava-os, no entanto, a fazer um gesto simbólico, caso não fossem acolhidos: sacudir o pó das sandálias, em sinal de protesto. Era o que os judeus costumavam fazer, quando regressavam à Palestina, depois de terem tido contato com cidades pagãs. Esse gesto continha dois significados possíveis: os que se recusam a acolher os apóstolos assemelham-se aos pagãos, e não pertencem ao verdadeiro Israel; os apóstolos não tem mais responsabilidade quanto ao destino do povo daquelas cidades, cuja poeira não querem levar consigo.
Seguindo em frente, os apóstolos recomeçam a missão, sem nunca desanimar.

Oração 
Espírito de zelo missionário, ensina-me a superar os desafios da missão, sem deixar-me abater pelos insucessos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA



Marcos 6,1-6
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Minhas ovelhas escutam minha voz; eu as conheço e as me seguem (Jo 10,27). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 
Naquele tempo, 6 1 depois, Jesus partiu dali e foi para a sua pátria, seguido de seus discípulos. 2 Quando chegou o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: “Donde lhe vem isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada, e como se operam por suas mãos tão grandes milagres?
3 Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs?” E ficaram perplexos a seu respeito.
4 Mas Jesus disse-lhes: “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa”.
5 Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
6 Admirava-se ele da desconfiança deles. E ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas.
Palavra da Salvação.


Comentário do Evangelho
ONDE LHE VEM ISTO? 
O saber de Jesus deixava admirados os seus conterrâneos. Especialmente quem convivera com ele, durante o longo período de vida escondida em Nazaré, perguntava-se pela origem de tanta sabedoria. Não havia explicação plausível, em se considerando sua origem familiar. Seus pais eram pessoas simples, desprovidas de recursos para oferecer-lhe uma formação esmerada, que o tornasse superior aos mestres conhecidos. Sua pregação, na sinagoga, não dava margem para dúvidas. Ele possuía, de fato, uma ciência elevada, desconhecida até então. 
Diante desta incógnita, os conterrâneos de Jesus deixaram-se levar pelo preconceito: não é possível que o filho de um carpinteiro, pobre e bem conhecido de todos, possua uma tal sabedoria! 
Sem dúvida, este preconceito escondia outro elemento muito mais sério. Quiçá desconfiassem que a sabedoria de Jesus fosse de origem espúria, por exemplo, obra do demônio. Em outras palavras: aquilo não parecia ser coisa de Deus. 
A decisão de desprezá-lo e não lhe dar ouvidos decorre destas explicações. Era perigoso enveredar por um caminho contrário à fé tradicional, desviando-se de Deus. 
A incredulidade de sua gente deixava Jesus admirado, a ponto de decidir realizar, em Nazaré, poucos milagres. Seu povo perdia, assim, uma grande oportunidade de conhecê-lo melhor, e descobrir, de maneira acertada, a origem de seu saber. 

Oração 
Espírito de perspicácia, não me deixes ficar enredado em falsas questões a respeito de Jesus, a ponto de perder a ocasião de conhecê-lo mais profundamente.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vamos rezar a Oração do Anjo do Senhor?




ANGELUS

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.

V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo se fez carne ou então E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou entre nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso Filho bem-amado, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém. (3x)

EVANGELHO DO DIA

Marcos 5,21-43
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas (Mt 8,17). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 
Naquele tempo, 21 tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando 
22 um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés,
23 rogando-lhe com insistência: "Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva".
24 Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o.
25 Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue.
26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais.
27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.
28 Dizia ela consigo: "Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada".
29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada.
30 Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: "Quem tocou minhas vestes?"
31 Responderam-lhe os seus discípulos: "Vês que a multidão te comprime e perguntas: ‘Quem me tocou?"
32 E ele olhava em derredor para ver quem o fizera.
33 Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade.
34 Mas ele lhe disse: "Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal".
35 Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: "Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre?"
36 Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: "Não temas; crê somente".
37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
38 Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações.
39 Ele entrou e disse-lhes: "Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo".
40 Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada.
41 Segurou a mão da menina e disse-lhe: "Talita cumi", que quer dizer: "Menina, ordeno-te, levanta-te!"
42 E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados.
43 Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse, e mandou que lhe dessem de comer.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
DOIS GESTOS DE MISERICÓRDIA
Jesus não se furtava de mostrar-se misericordioso com cada pessoa que se aproximava dele. Não havia quem recorresse a ele e não fosse atendido. A única condição era ser movido pela fé. 
A misericórdia de Jesus manifestava-se, fundamentalmente, em forma de restauração da vida. Por isso, ele se sensibilizou com o pedido pungente de um pai, cuja filhinha estava à beira da morte e que viria logo a falecer. Jesus foi salvá-la, exigindo do pai apenas manter viva sua fé. A multidão incrédula ridicularizava a afirmação de Jesus segundo a qual a menina não estava morta, mas apenas dormindo. Porém, a fé daquele pai não ficou sem resposta. A misericórdia de Jesus devolveu-lhe a filha sã e salva, como lhe havia sido pedido. 
Na mesma circunstância, uma mulher penalizada por uma hemorragia de longa data também recorreu a Jesus, esperando ser curada. Ela, diferentemente do chefe da sinagoga, agia às escondidas, pensando ser agraciada por Jesus, com o dom da cura, sem que ele percebesse. Entretanto, Jesus não se deixou pegar de surpresa. E a mulher, já curada, foi obrigada a sair do anonimato. Jesus não deixou passar em silêncio aquele gesto de profunda fé. Ele mesmo declarou ter sido a fé quem levou aquela mulher a experimentar um pouco de sua misericórdia. A fé a conduziu à fonte da vida que jorrava de Jesus. 

Oração 
Senhor Jesus, reforça minha fé, para que eu também possa desfrutar da vida que brota de ti.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DO DIA

Marcos 5,1-20
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo, aleluia! (Lc 7,16). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 
5 1 Passaram à outra margem do lago, ao território dos gerasenos. 
2 Assim que saíram da barca, um homem possesso do espírito imundo saiu do cemitério 
3 onde tinha seu refúgio e veio-lhe ao encontro. Não podiam atá-lo nem com cadeia, mesmo nos sepulcros, 
4 pois tinha sido ligado muitas vezes com grilhões e cadeias, mas os despedaçara e ninguém o podia subjugar. 
5 Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 
6 Vendo Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, gritando em alta voz: 
7 “Que queres de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus, que não me atormentes”.
8 É que Jesus lhe dizia: “Espírito imundo, sai deste homem!” 
9 Perguntou-lhe Jesus: “Qual é o teu nome?” Respondeu-lhe: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”. 
10 E pediam-lhe com instância que não os lançasse fora daquela região. 
11 Ora, uma grande manada de porcos andava pastando ali junto do monte. 
12 E os espíritos suplicavam-lhe: “Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles”. 
13 Jesus lhos permitiu. Então os espíritos imundos, tendo saído, entraram nos porcos; e a manada, de uns dois mil, precipitou-se no mar, afogando-se. 
14 Fugiram os pastores e narraram o fato na cidade e pelos arredores. Então saíram a ver o que tinha acontecido. 
15 Aproximaram-se de Jesus e viram o possesso assentado, coberto com seu manto e calmo, ele que tinha sido possuído pela Legião. E o pânico apoderou-se deles. 
16 As testemunhas do fato contaram-lhes como havia acontecido isso ao endemoninhado, e o caso dos porcos. 
17 Começaram então a rogar-lhe que se retirasse da sua região. 
18 Quando ele subia para a barca, veio o que tinha sido possesso e pediu-lhe permissão de acompanhá-lo. 
19 Jesus não o admitiu, mas disse-lhe: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez por ti, e como se compadeceu de ti”. 
20 Foi-se ele e começou a publicar, na Decápole, tudo o que Jesus lhe havia feito. E todos se admiravam. 
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UMA MISSÃO IMPORTANTE 
Escravo de uma legião de demônios, um infeliz estava levando uma vida desumana. Jesus libertou-o e o fez voltar ao convívio social. O gesto mais significativo que esse homem libertado do poder dos espíritos impuros encontrou, para expressar sua gratidão ao Mestre, foi oferecer-se para ser discípulo dele, que foi solidário com o seu sofrimento. 
Jesus, porém, não aceitou este pedido. Antes, mandou o homem para casa com a missão de narrar aos familiares tudo quanto Deus realizara em seu favor, manifestando-lhe sua misericórdia. 
A atitude do Mestre tem sua razão de ser. Num ambiente pagão, onde as pessoas viviam tomadas pelo medo dos espíritos demoníacos, era preciso haver alguém que fosse um sinal do poder libertador de Deus. Portanto, aquele homem recebera a importante missão de ser missionário entre os pagãos. Competia-lhe mostrar a todos que as pessoas não estão fadadas a serem escravas dos demônios, e que Deus havia enviado alguém com a tarefa de libertá-las. E esse alguém era Jesus! Seu poder superava o dos demônios, mesmo que fossem uma legião. Sua palavra, cheia de autoridade, subjugava os espíritos maus. A ele deviam recorrer todos quantos queriam libertar-se. 

Oração 
Espírito de gratidão, seja minha vida um testemunho convincente da misericórdia que Deus manifestou para comigo.